Intuição Feminina – História de Amor

Intuição feminina.
Ela morava em outro estado, bem distante daqui. Ficou sabendo sobre o nosso trabalho em promover encontros de pessoas sozinhas e bem intencionadas por meio de uma revista. Entrou no site e percebeu ser a escolha certa. Ela é descendente de índios e portugueses, simpática, correta, honesta e comunicativa. Iniciamos então a busca de seu par. Sua preferência era um homem claro, romântico, carinhoso, gentil, sincero, honesto, educado, charmoso e sem nenhum vício. Conversávamos pelo telefone às vezes e sua conversa sempre era animadora esperançosa. Até que um dia, um ano depois, um homem chegou aqui, vestido com camisa de linho, impecável. Com a voz emocionada nos contou a sua história: Viúvo, no início da melhor idade, cheio de energia física, porém devastado emocionalmente pela perda da companheira. A viuvez recente trazia a marca da tristeza ofuscando seus verdes olhos. Ele foi ficando nosso amigo, sempre conversávamos e ele buscava o fim do sofrimento, mas ainda estava muito sentido e pesaroso. Aos poucos, conforme os meses passavam, a tristeza ia diminuindo e o sorriso começava a aparecer, ele estava ficando pronto para conhecer aquela que seria sua companheira e que juntos encontrassem o amor e a paz. Chegou o momento de apresentarmos os dois, falamos com ela, que nos autorizou a passar o telefone para que ele ligasse. Conversaram várias vezes pelo telefone até que ele resolveu ir à cidade dela e conhecê-la pessoalmente, resolveu ir de avião, sempre bastante organizado deixou tudo arrumado bem antes da hora, sentou se confortavelmente no sofá da sua casa para esperar o momento certo para sair de viagem. Na sua mão o pequeno papel continha os dados dela, telefone, celular, endereço. Segurou e começou a sonhar com encontro, como seria a primeira troca de olhares, o primeiro sorriso e o seu perfume. Acordou sorrindo, em cima da hora, o sono durou mais que o previsto. Saiu correndo, pegou tudo que estava junto com a mala, mas ao colocar a chave da casa no bolso, o papel com os números de contato com ela ficou sobre o aparador. Quase perdeu o voo. No caminho se deu conta que havia deixado o papel, ele não se conformava, tão disciplinado e cuidadoso havia deixado as anotações, como ele disse: poderia ter esquecido as malas, mas não o telefone dela, pois o combinado era ele telefonar quando chegasse na cidade dela. Chegando no destino completamente perdido e sem saber o que fazer ele olhava para todos os lados, era final de semana, inconscientemente ele tinha esperança que ela viesse, mesmo sem telefonar porque ela sabia o horário em que ele chegaria. Ele esperou por algum tempo, procurava o rosto que havia visto em uma foto e não encontrava, olhava em várias direções e nada daquela que tinha dividido longas conversas ao telefone. E agora? Como vou encontrá-la ?Vou embora? Espero mais um pouco? Era bem cedinho, quase madrugada, quando ele resolveu voltar, foi até o balcão para perguntar qual o próximo horário de volta para a sua cidade. Uma tremenda dúvida pairava em sua cabeça, sem saber o que fazer. Ele olhava em volta, e nada. Quando olhou mais longe, viu os cabelos negros ao vento, fixou o olhar e confirmou era ela, sorrindo e vindo em sua direção. Ela teve a intuição, acordou e pensou: Acho que ele chegou, olhou para o telefone e nada, nenhuma ligação, celular mudo, mas algo dizia que ele estava esperando por ela e numa atitude de loucura resolveu pegar o carro e ir conferir. O sol nascendo no caminho que a levou até lá e ela pensando que se ele não estivesse ali, o amanhecer já teria sido maravilhoso. Estacionou o carro e foi procurá-lo no local combinado, mas ele não estava pois tinha ido se informar sobre o horário de volta. Ela olhou ao redor e nada então pensou, puxa vida ele furou o combinado. Que pena! Já estava indo embora quando resolveu voltar e ir até o balcão para dar mais uma olhadinha e foi ali que o viu, coração acelerado e com gelo na barriga foi ao seu encontro. O dia já havia amanhecido e eles caminhando foram se identificando, se conhecendo e o amor foi brotando. Deu certo entre os dois.
Tempos depois, muito emocionados e felizes recebemos o convite de casamento das mãos dele com as palavras: Grave o meu nome em seu coração e no anel que está em seu dedo, porque o amor é forte e as águas não poderão apagá-lo.

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